Franquias de hambúrguer cresceram mais 30% e são apontadas como tendência de negócio para os próximos anos

8 de Janeiro de 2018
De acordo com Associação Brasileira de Franchising (ABF), as redes de franquias de hamburguerias associadas à entidade cresceram mais de 30% em 3 anos. Em 2014 eram 36 marcas e em 2016 totalizaram 47.
 
Outro estudo feito pelo Sebrae mostra que empreendimentos especializados em hambúrgueres superaram o modismo e estão se destacando entre os mais lucrativos do setor "Alimentação e Bebidas", que está no topo da lista entre os mais promissores para se investir.
No varejo tradicional, somente em São Paulo, este tipo de comércio aumentou 575% entre 1994 e 2014, apontam dados publicado pelo Instituto de Gastronomia (IGA)
 
"É um avanço expressivo, que superou a média do setor, neste mesmo período. Quando surgiram em nosso país, as hamburguerias tinham status de "elitizadas", voltadas para consumidores com alto poder aquisitivo e aos grandes centros. Tempos depois, elas se diversificaram e atualmente oferecem produtos que atendem a todos os públicos'', afirma Daniel Costa, diretor da consultoria Business Franquias.
 
 
Seguindo este movimento , o consultor de empresas Alisson Ferreira e a esposa dele Bárbara Ferreira, abriram há dois anos em São Lourenço do Sul (RS), a primeira hamburgueria artesanal do município. A Bell Burger foi inspirada nas lanchonetes americanas dos anos 50, além de dezenas de lanches, o local possui porções gourmetizadas, bebidas exóticas e entretenimento.
Foi uma sacada de negócio inteligente, que deu certo e virou franquia. Segundo os fundadores, é um empreendimento que permite ótimos ganhos. "A margem de lucro da Bell Burger é entre 18% e 20%, percentual considerado acima da média do segmento que está na faixa dos 14%. No ano passado, a nossa unidade piloto faturou mais de R$ 500 mil, um montante considerável, uma vez que a loja está em uma cidade com menos de 45 mil habitantes'', afirmam.
 
Para 2017, o casal tem a meta de abrir 10 novas unidades franqueadas, em outras cidades do Estado e do país. Atualmente, negociam com investidores do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Rio de Janeiro, Espirito Santo e São Paulo.
 
"Decidimos franquear nossa marca depois que analisamos dados deste setor e enxergamos que este seria o caminho mais seguro para expandir. Nosso foco está inicialmente em cidades do interior, com até 150 mil habitantes, pois conhecemos bem este perfil, mas nada impede de abrirmos a Bell Burger em grandes centros", explicam.
 
Brasileiros que consomem fora do lar
 
Segundo o IBGE, 40% da população come fora de casa pelo menos uma vez ao dia. Já de acordo com a Preço Médio 2016, pesquisa da Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador (Assert), o gasto médio por refeição na rua é de R$ 30,48.
 
"A população continua crescendo e, mesmo em tempos de crise, não deixa de consumir esses produtos e serviços. As pessoas buscam alternativas mais baratas, mas o consumo permanece. É importante o empresário acompanhar esse movimento da economia para ter mais sucesso." afirmou o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos.
 
Para o especialista Daniel Costa, diretor da consultoria Business Franquias, abrir uma hamburgueria através de uma franquia é uma boa maneira de evitar gastos desnecessários e reduzir os riscos de fracasso. ''Embora seja um segmento promissor, o empreendedor não deve se aventurar. A falta de conhecimentos, especialmente em gestão, pode fazer o sonho virar pesadelo", alerta.
 
É um negócio que tem tudo para dar certo, na visão da consultora Melitha Novoa Prado. ''O consumidor está buscando outro tipo de alimento e os shoppings também estão à procura de novos negócios para a praça de alimentação", afirma.
 
Franquias de alimentação são maioria
 
O estudo inédito divulgado pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) mostra que o segmento Alimentação lidera a lista das 50 maiores marcas de franquias no Brasil, em número de unidades, com 36% das redes. A seguir estão os Serviços Educacionais, com 18%, Moda, com 14% das redes, e em último Saúde, Beleza e Bem-Estar, com 12% das marcas.
 
Em geral, o setor de alimentação é um dos mais consolidados e não deixou de crescer com a crise econômica. Em 2016, o número de unidades de franquias de comida cresceu 10%, somando quase 30 mil lojas no país.
 
Na análise do especialista Claudio Tieghi, diretor de inteligência de mercado da ABF, os dados refletem elevado grau de maturidade e evolução do franchising brasileiro. "São redes nacionais e estrangeiras consolidadas, capilarizadas, que servem de referência para o setor", afirma.

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